Contexto
Construir uma marca forte em um mercado tão competitivo quanto o da perfumaria masculina exige mais do que fragrâncias marcantes — exige narrativa, sensibilidade e conexão. O Boticário, já consolidado como uma das maiores referências em beleza no Brasil, decidiu dar um novo passo: propor uma reflexão sobre o que significa ser homem hoje.
Em um cenário onde os discursos sobre masculinidade estão em transformação, emergem novas demandas por produtos que acompanhem esse movimento e dialoguem com a identidade de um público em constante reinvenção. Como criar uma fragrância que vá além do convencional e se torne um símbolo de mudança?
Foi com a partir desse desafio que nasceu Clash. Para criar o novo conceito, o Boticário contou com a colaboração entre Questtonó e Colírio, duas empresas que integram o ecossistema criativo da QNCO. A partir de um olhar estratégico, o projeto uniu pesquisa, branding e design sensorial para romper com os padrões da perfumaria masculina e construir uma experiência profundamente conectada ao espírito do nosso tempo.

Desafio
Com o objetivo de romper com os códigos tradicionais da perfumaria masculina, o Boticário convidou a Questtonó e a Colírio para liderarem um processo de reinvenção. O desafio era criar uma fragrância que refletisse as transformações culturais contemporâneas, conectando-se com um público em busca de autenticidade e liberdade de expressão. Isso exigiu uma imersão profunda no comportamento masculino atual, traduzindo essas tensões em experiências visuais, táteis e sensoriais capazes de provocar identificação e diálogo.
Solução
A criação de Clash teve início com uma imersão conduzida pela Questtonó, voltada à investigação dos novos códigos que moldam a masculinidade contemporânea. A análise revelou tensões simbólicas — entre força e sensibilidade, rigidez e fluidez — que passaram a orientar todo o processo de concepção da fragrância.
Com um direcionamento estratégico em mãos, a Colírio foi responsável por traduzir esse universo em linguagem visual e material. O frasco, com uma superfície espelhada marcada por rachaduras, evoca a ideia de identidade em transformação: um reflexo fragmentado que convida o consumidor a se enxergar por múltiplas perspectivas. O tom azul profundo no interior do vidro reforça a leveza e introspecção da proposta, em contraste com a estrutura sólida do objeto. A identidade visual do projeto amplia a experiência sensorial e comunica, em cada detalhe, a proposta de ruptura e reconstrução de significados que define Clash.
Resultado
Clash chegou ao mercado como uma ruptura: uma fragrância que questiona, provoca e se posiciona com autenticidade. O projeto não apenas elevou o design como diferencial competitivo, mas também fortaleceu o posicionamento do Boticário como uma marca atenta às transformações culturais e comportamentais. A colaboração com a QNCO demonstrou como a combinação entre estratégia e expressão pode dar origem a produtos culturalmente relevantes, que vão além da estética para entregar significado e gerar conversas reais com o público.


